O caos?




O que é o caos?
O caos é quando você percebe que onde tinha o tapete esta coberto com uma montanha de roupas sujas.
O caos é quando você escolhe as roupas que estão pelo caminho de sua casa. As roupas ocupam o espaço.
O caos é quando você vai procurar seu pó compacto e se depara com a margarina e o shampoo e uma planta morta no mesmo lugar.

O caos é quando você vê pratos e copos em bancos, poltronas, na cama e até no banheiro ao lado do aparelho sanitário.

O caos é quando você continua regando as plantas mortas achando que vai dar em alguma coisa, na verdade talvez nesse caso não seja mais caos... Talvez apego... Não. Não serei poético. É preguiça mesmo.

O caos é quando você acorda e vê que ao seu lado tem o pneu da sua bicicleta. Por que a sensação de insegurança é tamanha que  não se consegue mais guarda-la do lado de fora e onde quer que se esteja, precisa olhar de cinco em cinco minutos se ela não foi levada.

O caos é ter a coragem de chamar alguém pra esse lugar e aceitar que aquilo tudo é você e não se sentir envergonhado por ter garrafas de cerveja de dois meses atrás no mesmo canto.

O caos é o início e o fim de todas as coisas segundo a teoria do Big Crunch, que alega que tudo ira se contrair e como em um quarto se misturar, no que um dia se dissipou e se separou.

Aceitar o caos é saber existir em meio a desordem. É saber que a desordem também deve ser respeitada. A desordem tem sua ordem e a ordem tem sua desordem.

Quando você aceita a o caos ele não fica tão insuportável como sua mãe insiste em reafirmar toda vez que vê aquilo tomando você e o dominando.

Respiro um caos que não tem a ver com lavar a louça (agora sim estou sendo um pouco poético) mas sim com a maneira inquieta diante a desordem vestida de ordem que o mundo é.





























Felipe Damasceno



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