25/10/2013 - 16:50 - Foto



Se acoplasse a mim o real conceito de ctrl c + ctrl v, talvez estivesse nadando em dinheiro. Porém ando em estado de hibernação e não sei quando vou acordar.

A mente humana gosta de repetir, reviver, porém nem sempre tem consciência que a segunda dose não é tão fabulosa como a primeira. Anda-se vivendo as segundas terceiras e vigésimas doses buscando desesperadamente a potência da primeira.


Eu sou uma cópia. Uma projeção borrada de um eu impotente.

POEMINHA.


Choveu.
Sinto-me chovida, chovada, chovosa, chovista, chovasta, cho... Vá! Pois que chova, chova!

Uma chuva de trocadilhos baratos.
Chuva de trocadilhos idiotas.
Chuva de conceitos vagos e desnecessários.
Chuva de nada, em pensamento e ação.
Chuva de coragem é que se precisa os homens de cabeça grande. Eu preciso de coragem de fazer chover. Nem que seja na casa do caralho.

Ando perdendo o juízo.






Queda

Ando perdendo o juízo. Ando perdido. Ando sorrindo. Ando fingindo. Ando na beira de um abismo, tentado a despencar e ser leve para sempre, o infinito do tempo de uma queda.
Ser eterno dentro da eternidade de minha queda.

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E se as cadeiras dos ônibus fossem viradas uma de frente para outra? Não teria como impedir que alguém sentasse próximo, pois é bem verdade que as cadeiras voltadas para a frente, para o destino,para o futuro simplifica a minha necessidade de isolamento social. Colocar a bolsa na cadeira ao lado é impedir uma companhia, tira-la, torna-se um convite. Um chamado.


Quando não se consegue impedir. É quase como se entrasse em minha casa sem minha permissão. É invasivo, pelo menos nos primeiros segundos, naquele momento em que a pessoa se ajeita,depois viro pra janela e pronto. Ela, a cadeira, continua vazia...Para mim.







Tumba

De um despertar transtornado,me percebo calmo e em silêncio. Como uma tumba recentemente fechada, lacrando um corpo que se foi e um alguém que não mais esta ali. Eu achei que as coisas poderiam ser diferentes,que poderiam mudar,mas não. O ponteiro sempre vai passar pelos mesmos números no relógio.




Dormir.

Não quero dormir, não quero apagar para reiniciar.Quero prosseguir. Dormir me cansa, como se perdesse tempo de vida. Quero poder estar com os olhos abertos para ver tudo, presenciar tudo. O fim e o começo do silêncio,a perda e a ausência de uma paz que me falta, mas que há na madrugada.

Me procurei em você, lembrei das brigas e do meu franzir na testa.Lembrei que ainda te amo, mas temo me aproximar. Temo um mundo de coisas.Temer constante. Medo de minhas sombras. Medo de sair. Medo de tocar e de tentar. Voltando a você... Não dói tanto, mas dói ainda.Evitar para mim é a melhor escolha. Evito riscos, certos riscos. Gosto de riscos... Certos riscos. Meu coração é tão vivo e tão grande que preciso de uma bruma densa e sombria para não sufocar os que estão perto dele. E com isso vou tentando me tornar humano, menos frio e mais aquecido,mesmo que seja com a ajuda de meu microondas e minha cafeteira.Estou calmo agora, estou em silêncio olhando para o teto e lembrando de meu futuro, sonhando acordado, pois parecem ser mais reais que os sonhos dormidos esquecidos no dia seguinte.

20:42 / 13.10.2013



Ah! Caros avatares.O que se sabe de uma vida? O que se sabe é que hoje se sou algo que anteriormente negava ferrenhamente. Percebo nada. Nada vejo. Nem sei se algo sou. Sim, crises e talvez desimportantes para você caro leitor,mas o que me resta nessa vida é escrever aqui, fotografar-me aqui como maneira de existência. Não existência artística, nem sei se fui algum artista,talvez. O que sei é que ao chegar em casa prepararei meus hambúrguer eme conectarei amigos,na verdade amigos não. Pessoas que se afeiçoaram essa imagem criada.




Um buraco e uma ânsia de algo que nem se quer sei me toma por completo. Não há de fato palavras para descrever isso tudo,talvez seja cansaço de um dia voltado para o sistema. Talvez ver a felicidade se lambuzando diante de mim. Talvez seja a fome de um dia comendo. A insatisfação de minha própria existência, essa existência que se arrastará até os dias de morte. Não sei nem se quer se digo algo coerente para você caro leitor, na verdade eu não sei se algum dia disse algo.Sobre mim recai toda uma força escura, um rancor, uma raiva, um nojo não só do que me cerca como de meu espelho amado. Não sei se sou eu mesmo.Não sei se finjo. Não gosto de mim. Não gosto de como reajo. Não sinto vontade de dançar,de fazer vídeo,de fazer arte, da porra que seja. Ando não acreditando em mais nada.Nem espetáculo, performance,lutas, manifestos... NADA. Nada é o que me restou a ser, e sem nem se quer ter tentado ser alguma coisa. Perdoe-me a ausência de flores,de palavras graciosas,de piadinhas e de assuntos populares. Sou azedo, sou irônico, sou chato e eu também não gosto de ser assim. Não sei como ser outra coisa além disso, não consigo. Sabe quando você tem a necessidade de fazer algo, mas não sabe o que? NÃO SEI. NÃO SINTO. ME SINTO MORTO.MORTO.MORTO.




ABSOLUTAMENTE MORTO.

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