Eu sou Artista.

A nós e somente a nós é dado o poder da visão, da mudança. Nós artistas, célebres seres de deus. Semi-deuses instalados na terra para guiar o rumo dos homens comuns.
Nós! Grandes intelectuais, seres pensantes do cotidiano e crentes no inútil como salvação de um mundo assolado pela ignorância e a conformação.

Nós grandes criaturas que sofremos:
Como sofro por SERtão... Grande.
Como sofro por SERtão... Potente.

Sofro de SERtão... Sensível.
Sofro por SERtão... Delicado.
Sofro por SERtão...Intenso, por regar a mente dos felizes de outras questões ou de questões outras.

Oh! Como sofro Oh! como sou. Eu... Ai ai! Eu sou artista.

Eu, artista foco e epicentro da sociedade - Não!- digo mais: do mundo. Eu, onde tudo se inicia e se finda, eu artista, deus em potência, dotado do terceiro olho, dotado da delicadeza do sentir e do "estar próximo". Ser sensível e AFETADO... Afetadíssimo pelas catástrofes, pelos erros do homem comum e sua existência banal, pela sua miséria, pela sua pobreza de espírito, pela sua ignorância, pelas suas 8h de carga horária e principalmente por não saber sentir. Necessito dizer, necessito falar, falar... falar incomensuravelmente , pois eu sim sei. Eu sou.


Bela imagem que vejo no lago e venho ao mundo para mostra-la, de rosto neutro trago-a em uma bandeja de prata ornamentada com fita Scotch. Os homem precisam de beleza, de delicadeza, de afeto.

Falar de mim, pois eu sofro. Fala de mim, pois eu sou... Eu sou artista. Eu.
O invento, a criação. Eu descubro e re-descubro a pólvora a cada cinco minutos.
Busco nada mais que dar a humanidade aos homens, dar-lhes a humildade, dar-lhes o afeto, a reciprocidade, a tolerância, a delicadeza, as relações reais, o olhar no olho, o ouvir.
Afinal sei bem do que eles precisam, eu os observo, eu os analiso, eu os sinto e eles precisam. Eles PRECISAM. ELES.






Um comentário:

Janaína Bento disse...

Lembrei da discussão da aula de hj (História da Dança), estávamos lendo um texto do livro "Após o fim da arte – A arte contemporânea e os limites da História" de Artur Danto.

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