O desejo de ter tudo e nada ao mesmo tempo



No mais...É como fazer compras, sempre é divertido até você chegar em casa e notar que nem vai usar tudo aquilo. Funciona com pessoas. Hoje todas angustiadas, aflitas por estarem só, sentindo um vazio e uma espécie de falta e coisa e tal, mas depois de beberem a coca, jogam a latinha fora, afinal pra que quero uma latinha? Repetir não é moderno, moderno é inovar, inovar estilos, inovar roupas, inovar pessoas. Troca-las. E isso aqui não é uma crítica nem um juízo de valor, é só uma observação. Sou filho de meu tempo, e não vejo como ruim ou bom, vejo como mudança de paradigmas, afinal não sou graduado, só terminei o ensino médio e não tenho propriamente uma "pesquisa"... Quer dizer minha opinião não importa, como tudo que sai de bocas alheias também não tem importância, além das que saem de nossas próprias bocas, certo?





O fato é que vivemos hoje divulgando e não mais sofrendo pela opressão da publicidade e como ela manipula a mente das pessoas ditas "comuns", ou o materialismo como um mal ético cujo qual deve expurgar nosso eco-cult-cotidiano.

Já absorvemos isso tudo a tal ponto que fazemos publicidade de nós mesmos, fazemos propaganda de nossos sentimentos e sensações para que seja visto pelo público alvo (o alguém tão sonhado para servir café na cama).

Enfim, reclamamos demais por termos demais. Nos angustiamos por termos portas demais para abrir e por não suportar ficar mais do que dois minutos diante de uma mesma coisa... Cansa e hoje como nunca tempo é dinheiro.



Felipe Damasceno
"Por que você merece"

Se enrolando (vídeo)

Bem, segue ai para quem curti, um trecho do vídeo exibido na minha conclusão do Curso de Audiovisual do projeto Terreiradas Culturais.

Experimentei algumas das conquistas do contato com a técnica circense.
Câmera: Edmar Cândido

Eu sou Artista.

A nós e somente a nós é dado o poder da visão, da mudança. Nós artistas, célebres seres de deus. Semi-deuses instalados na terra para guiar o rumo dos homens comuns.
Nós! Grandes intelectuais, seres pensantes do cotidiano e crentes no inútil como salvação de um mundo assolado pela ignorância e a conformação.

Nós grandes criaturas que sofremos:
Como sofro por SERtão... Grande.
Como sofro por SERtão... Potente.

Sofro de SERtão... Sensível.
Sofro por SERtão... Delicado.
Sofro por SERtão...Intenso, por regar a mente dos felizes de outras questões ou de questões outras.

Oh! Como sofro Oh! como sou. Eu... Ai ai! Eu sou artista.

Eu, artista foco e epicentro da sociedade - Não!- digo mais: do mundo. Eu, onde tudo se inicia e se finda, eu artista, deus em potência, dotado do terceiro olho, dotado da delicadeza do sentir e do "estar próximo". Ser sensível e AFETADO... Afetadíssimo pelas catástrofes, pelos erros do homem comum e sua existência banal, pela sua miséria, pela sua pobreza de espírito, pela sua ignorância, pelas suas 8h de carga horária e principalmente por não saber sentir. Necessito dizer, necessito falar, falar... falar incomensuravelmente , pois eu sim sei. Eu sou.


Bela imagem que vejo no lago e venho ao mundo para mostra-la, de rosto neutro trago-a em uma bandeja de prata ornamentada com fita Scotch. Os homem precisam de beleza, de delicadeza, de afeto.

Falar de mim, pois eu sofro. Fala de mim, pois eu sou... Eu sou artista. Eu.
O invento, a criação. Eu descubro e re-descubro a pólvora a cada cinco minutos.
Busco nada mais que dar a humanidade aos homens, dar-lhes a humildade, dar-lhes o afeto, a reciprocidade, a tolerância, a delicadeza, as relações reais, o olhar no olho, o ouvir.
Afinal sei bem do que eles precisam, eu os observo, eu os analiso, eu os sinto e eles precisam. Eles PRECISAM. ELES.






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