Brian Eno - Thursday Afternoon (14 video paintings 1981-1984)

Sou apaixonado pela nudez, ainda mais a nudez feminina. Não sei se apaixonado, talvez tenha me excedido nas palavras, mas acho bonito a nudez feminina tratada nesse vídeo.
Bem esse vídeo é de Brian Eno. E me foi passado em uma oficina de videodança, como algo que muito se pareceria com a estética que passo para as pessoas.

*GOSTO do vídeo todo, mas sabendo que nem sempre se assite a tudo, ainda mais em tempos tão acelerados. Indico-lhes os pontos que mais gosto, ficando a seu critério ve-los ou não. :)

*0min 0 seg até 13min 54 seg:
Adoro as cores saturadas e o desfoque. Fora sua movimentação que é linda.

*13min 54 seg até 19 min e 16seg :
Gosto de como ele explora a câmera, pelo corpo delas.

*41 min 26 seg até 1h 04 min 29seg:
A cena que mais me hipnotiza. os cabelos dela, ela sua nudez. Muito lindo. É tão leve, apaziguador.

*1h 04 min 29seg em diante:
Me angustia um pouco, gera uma sensação oposta da imagem anterior.



29 de agosto de 2012 - referências

Confesso ter sido um vídeo muito importante dentro do que quero pra mim enquanto dança. Acredito que eu sempre fui apaixonado por esse tipo de movimentação. Essa nuance veio entrar no que estou construindo como solo de maneira irracional e instintiva, onde por mais ter me inebriado com esse vídeo após ter visto, não inclui essa nuance logo de imediato. Ela surgiu como resposta a uma necessidade que o trabalho me pedia, que pede ao meu corpo. Gente acho lindo isso. rs

Sei bem que nem todo mundo tem paciência pra ver o vídeo todo, e assumo ter sido um ótimo meio de perder a insônia, rsrsrs, Mas gosto muito dele

p.s: Também admito que o vi em parcelas. rs













Da necessidade dos Povos.


Da necessidade dos Povos, dessa necessidade de ter, de possuir, de comer. Da necessidade de se fundir e de se tornar um. Trocar de fluídos. Primórdios de um eu morto. E de repente ascendemos em forma de luz ao mais absoluto nada. Grande nada esse que é o todo. O nada de nossas existências, o nada do amanhã, que forma o todo, que me forma, que forma você, que forma tudo. Cada ponto de luz é algo que se perdeu de nós. Cada brilho distante é um lugar e tempo precisos demais para minha pobre compreensão do que seja esse grande nada... Ou todo.

Com fazer para ferir as paredes dessa grande bola oca que estou aprisionado?  Estamos. Quanto mais perto me aproximo mais distante vai ficando, como o mais nobre sentimento dos homens. Quando o fim estiver próximo e não mais estiver aqui serei um átomo. Seremos juntos. Talvez essa seja a única maneira para tornarmo-nos esse um. A morte, o fim. Por que essa conectividade é a única coisa que nos resta de humano. É essa conexão que nos faz respirar, essa conexão que nos alimenta, que nos mata. E a essa conexão damos o nosso maior desprezo. Medo. O medo guia tudo isso que se alastra pelo horizonte sem fim. O medo guia as minhas e as suas ações para a mais absoluta precisa, exata, concreta, petrificada, dura e imutável racionalidade.



Não consigo reagir, não consigo mover-me. Sabe quando você se silencia pra entender o porquê de estar como esta? Talvez seja mesmo isso, uma necessidade de silenciar-me diante de tudo. Penso que estou perdendo todas as batalhas. Existe algo de absolutamente incomodo e calmo, me perturba, mas é calmo. Não que isso seja bom, é apenas uma característica desse incomodo. Diante da rotina, diante de minhas escolhas, de minhas fraquezas, de minhas ausências. Você começa a desistir de certas coisas. Começa a querer que elas venham por se só. Mas elas não vêm. No meu caso... Nunca.


Gutto Hepburn



A festa já passou, e não foi muito boa devo confessar. Mas foi bom ter feito esses videos com eles. Gosto muito desse. Delicado. Poético. Como a pessoa que foi filmada.
E que chova, que cai muita água. mágoas passadas quando penso terem sido esquecidas elas voltam repentinamente. Não por que queira, mas por não ter o que quero. Não me sinto bem, mas odeio ter que ta expondo isso. Quem se importa com os problemas alheios? Quero tanta coisa e ao mesmo tempo todas elas são tão simples. Fico me repetindo, as vezes não gosto de mim, as vezes não gosto do que me tornei, desde sempre carrego esse sentimento de inferioridade. Por vezes tentei dissipa-lo de minha vida, mas essa fumaça me persegue sempre, me rondando. Quando noto, estou calado diante de uma multidão, desconectado de um mundo real para viver a fantasia de algo que não consigo ser.

Me questiono o por que preciso de um ''feliz para sempre'' , se bem sei não existir. Bem sei que nada  dessas coisas que julgo publicamente patéticas existi de fato, a não ser em mentes sonhadoras... lúdicas.

Estar esperando a morte constantemente, não só minha mais de outros. Perdendo força. Entrando em um círculo vicioso de amargura e tristeza. Uma bola de neve. Um não querer ver certas pessoas. um querer sumir eterno. Um querer absurdo de que alguém se ajoelhe diante de mim e me peça em namoro, um alguém  que eu possa amar. Antes disso um aprender a amar. Esfaquear o peito pra acordar algo que ta la dentro morto. Um total desespero. Desespero de arrancar a pele, rasga-la como se faz com presentes, com embalagens de bolachas. Expor a carne viva, chorar toda essa dor, talvez morrer chorando. Talvez morrer. Morrer.

Eu não sinto mais nada. Eu não sinto mais nada. E sinto todas as dores.

Pensar em mim como apenas mais um me rasga, me corrói, me sangra. O que mais quero nunca revelei a ninguém literalmente, muitos já acertaram em piadinhas, mas nunca confirmei. Gostaria de dizer, gostaria de expor, mas se o fizer nunca mais o terei de você. Nunca mais terei de forma verdadeira. Você me dará por que eu pedi, e isso eu não quero. Já não me acalma. Percebi que esperei por isso a minha vida toda, e foi a unica coisa que me fez seguir em frente. É o que me faz chorar, é o que me faz forte, é o que me faz desistir, é o que me diminui, é o que afasta e aproxima você de mim. Sou apenas um mortal, reflexo de um mundinho miserável e primitivo. Sou a bela adormecida esperando despertar.

Sem um pedaço.










               




Uma indecisão, uma dicotomia, uma não certeza, uma tentativa inexistente, uma possibilidade incerta, uma falta de ação, uma ''sim'' solto no tempo, uma esperança de possível, um mal, um cheiro, uma vontade, uma necessidade. Posse. Querer, ter, estar, sentir, esquecer e começar a crer que não acontecerá, começar a ter esperança e logo perde-la. A Branca de Neve em mim morreu com os anões. A Cinderela ficou com um pé do sapato. a Bela Adormecida desenvolveu insônia por acreditar que se dormisse não seria acordada por ninguém. Morta. Seca. Vazia. Esquecida. Podre.

Não possuo esse direito. Não posso te-lo. Sou incompleto. Imperfeito. Me falta um pedaço que procuro desesperadamente, mas que não encontro e nunca encontrarei. Esse pedaço, não me é visível.

Olhos pretos, sem brilho, um rosto pálido e uma boca borrada de vermelho. A imagem do que me tornei. Uma máscara, uma caricatura. O meu eu sem o pedaço. Isso dói cada vez mais. Dói. NÃO É CRISE, MAS UM ESTADO PERMANENTE DE BUSCA. A vontade schopenhaueriana latente em mim.

As vezes creio estar me tornando algo não humano. Eu me amo e é apenas esse amor que posso ter direito.

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