Pense em delicia cremosa beautiful!


Gosto da realidade,apesar de algumas vezes ela ser cruel. Ele era real, verdadeiro, não fingia ser algo que não era, dançava livre sem restringir a se mesmo, ou se achar ridículo. Tinha um brilho nos olhos que era muito lindo, e falava que sonhava em ajudar sua mãe.Era fudido e pedia cigarros, mas quem já não pediu cigarros? Naquele instante vi o quão patético eu era falando de sensibilidade e de viver mais, de arte e mudancas sociais, que vergonha daquela pessoa tão grande que sentava-se a minha frente,daquela pessoa que dormia no chão e se prostituia para poder sobreviver.

Lindo o brilho dos seus olhos, Um sorriso tão verdadeiro.Queria poder ter filmado-o, lembrei-me do Andy e seus filmes undergrounds. Queria poder mostrar em imagem o que sentia ao ve-lo ao ouvi-lo falar de si e de seus homem peludos que para ele pareciam impossíveis, de sua capacidade de ouvir os problemas dos outros e com isso a aptidão a psicologia.

Viver, viver.

MY FUTURE, my dreams

Fico imaginando o dia em que os carros voarem e a comercialização das coisas for substituíds pela troca de sensações e experiências de maneira literal, onde o mundo será feito de luzes e as principais leis da física quebradas pela hegemonia tecno-científica do homem. Os primórdios dessa sociedade se erguem no hoje, no agora. Cada vez mais se vive o agora, cada vez mais há um necessidade ao sentir novos prazeres, o novo. E pode se perceber que isso traz uma espécie de autismo social, uma urgência pelos novos acontecimentos, onde o desespero pelo novo torna as experiências de vida cada vez mais superficiais. Mais o que é superficial? É aquilo que nos aparenta fútil? Quem pode determinar o que é valoroso e o que é fútil? O que determina esses valores? Por que preocupar-se com o cabelo é menos valoroso que preocupar-se com a problemática da instantaneidade e descartabilidade dos relacionamentos contemporâneos?
Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!!!!!!!
Acho que vivemos mais uma fase, dentre milhares que viveremos, e rumamos para uma superioridade humana, confundindo-se com o divino que as religiões pregam, rumamos para o que há de mais humano no humano. Uma sociedade sustentada sobre a divisão de sensações, e não mais de papel impresso representante de alguns quilos de mineral precioso, na evolução do homem e aumentar suas potencialidades sobre a natureza, sobre o universo.
Altera o próprio espaço em que vive, altera seu próprio corpo, imortal. Apodera-se do melhor da máquina, trocando de peças quando necessário ou quando tiver vontade. O homem se torna o deus que ele tanto adorou no passado, fechando o ciclo que iniciara-se no Gênesis bíblico.A criatura torna-se criador.
Gostaria apenas poder ver os carros voando, ficaria feliz com isso!

F.D.
Sabe aquela vontade de sumir, de ir embora daqui e não ver mais ninguém.
De parar de fazer as coisas para os outros ficarem falando mal.
Não preciso de você, de nenhum de vocês, então me venha com Freud -Ele na verdade é carente e precisa de atenção!- eu já me tornei quem eu desejava, e daqui para frente só preciso aprimorar o que já sou.
Por que eu não largo logo tudo de vez?
O que me prende a esse estilo de vida e a determinadas pessoas?
Tenho duas pernas e nesse ano aprendi a caminhar sobre elas.
Cansado das pessoas, cansado de fazer as coisas para os outroS falarem mal, sendo que esses outros não fazem nem o que deviam fazer. Os outros não conseguem fazer as coisas e então estimulam quem está fazendo a não fazer também.
Inércia.
Vontade de bater, de matar, de humilhar, de ser cruel, acho que é isso que preciso. Crueldade.

DIREITO AO ÁSPERO

Sozinho. Detesto voltar a essas antigas crises de solidão, onde o meu eu não basta, precisa de um outro. Quero talvez apenas um outro comum, que não sinta tanto a vida, que não seja esse excesso de sentimentos bonitos e puros, onde tudo é um abraço duradouro, um olhar marejado ou algo de Clarice. Também incomoda o fato de não poder ser assim como sou, de ser obrigado a sentir e chorar com cada brisa que passa,por que afinal ela é única,e se você não é assim algo esta errado: você se defende das pessoas, você tem problemas de relacionar-se, ou você precisa de ajuda, - Vá pro inferno,com suas delicadezas obrigatórias, com suas faces de coitados, de sensíveis, não tenho que ser assim, o que uso não é uma máscara, é um lápis ou um óculos.Sou grosseiro em resposta ao mundo grosseiro, sou minha própria obra de arte, não é tempo de delicadeza que está instaurado e sim tempo de guerra, e não sou Jesus, não darei a outra face.
Sempre estou bem, para que perguntam como estou? Abraços e beijinhos não vão resolver os problemas para mim. Chega de Teatro, todos nós estamos sozinhos e usamos os outros constantemente, precisamos do outro para sentirmo-nos menos sozinhos, e isso não é usar? Usar não é apenas trocar por algo material. Relacionar-se é usar o outro.
Chega de poética, chega de poética. Eu quero o cotidiano, ele é essa poética que buscamos na artificialidade do texto, das dancinhas. Tudo me vem como falso, como marcado. Quero ver a mulher da esquina ir comprar pão, o mecânico de carro me dá seu pneu de sua bicicleta velha por perceber que o meu pneu esta fudido e eu sou tão fudido que não tinha dinheiro nem sequer para pagar ele. Essa arte erudita me incomoda as vezes, dela o que mais me agrada são os coquetéis de aberturas oficiais de eventos.kkkk!!!!
F.D.

Fuga dos meus metros quadrados

Precisava sair, precisava ver esse mundo que já foi meu e hoje não é mais. Vivo hoje buscando os por quês das relações humanas, por que do mundo ser como é, por que das pessoas serem com são. Bebi como quem bebe água na tentativa de falar a língua deles, na tentativa de me inserir num mundo que não me pertence mais. Queria ver gente, queria lembrar de como era estar com várias pessoas sem ser pessoas que talvez já conheça. Encontrei pessoas, abracei pessoas, ri com e das pessoas.
Me senti só, e subitamente decide sair de casa, queria ter trazido alguém para mim, alguém que eu pudesse fazer o café pela manha, mas não sei mais falar a língua deles, e talvez nem queira. Quero mais é fugir dessa porra toda, quero mais é me sentir livre como os mendigos são. O mendigo é livre por que não cumpre horários, paga um preço caro de não ter comida nem onde viver, mas é livre.
Uma buceta de angústia que de tão grande não pode ser descrita em palavras, descrita como um eletrocardiograma, é maior e se dá na solidão de meus poucos metros quadrados.
O mundo é tão grande, mas quero algo que ainda não sei, algo que nem um homem conhece. Quero um outro tempo, uma outra dimensão que para ninguém pode tornar-se real. Quero viver as imensas possibilidades do tempo, quero ser livre da cronologia do universo, da obrigatoriedade do instante presente e exato. A vida me parece tão pouco para o tanto que posso ser. Eu sou um deus, uma divindade suprema instalada nesse mundo medíocre, amarrado pelas cordas do tempo, do espaço, da maldita matéria.
F.D.

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